quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Transformar-se-iam

Parei de encontrar progresso em todo esse retrocesso
Nessa vida que traz fadiga e todo dia o meu suor
Parei de ver fogo onde há chuva
Molhando em cada articulação
Movimentando meus músculos faciais
Trazendo uma paz que nunca tenho
E o ar de respirar mais limpo exige uma liberdade
Que nem sei como é
E nem sei se chegarei a conhecê-la.
Parei de chegar ao ponto onde depois transformar-se-iam em três
E assim o infinito talvez chegaria
O infinito não chega... Há sempre o fim.


B.M.

3 comentários:

  1. "O infinito não chega... Há sempre o fim."

    Isso é perfeito...existem sempre essas tais reticências, mas elas sempre levam a um ponto final. Não importa se de imediato ou com a paciência que não tempos.

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  2. Imagino que tipo de fim o eu poético retrata, ainda assim, quero questioná-lo. Fomos e somos finitos. Menos mal... eu não suportaria ser infinito.

    ternura sempre!

    E não esqueça de preparar o seu jardim, como nos sugere o grande Quintana.

    Ah estarei usando o essa deliciosa demonstração de puríssimo sentimento no Lenitivo. Espero que não suporte.

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  3. retificando...

    Espero que não se importe. De onde mesmo me saiu esse "o " e esse suporte? deve ter sido por causa da infinitude.

    Ternura sempre!

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