quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SPPV fazendo #teresinapoeticamenterebelde


Gente o que vai rolar nessa sexta é o Sarau da Sociedade dos Poetas Por Vir. O nome até parece que tem uma burocracia tremenda pra fazer parte desse projeto, mas é só você se aprochegar que as pessoas te acolhem como outras pessoas não fazem. Hoje posso dizer que as pessoas da sociedade são meus amigos e me sinto cada dia mais parte deles, apesar de não está produzindo como queria, poesia está sufocada aqui dentro. Mas quando dá pra sair, ela sai feito um furacão. Bom, como tá no folder, eu irei me apresentar juntamente com meus amigos Mário e Rômulo que se prontificaram a me ajudar a apresentar uma parte de mim. Músicas autorais apenas. Músicas que eram poemas, agora são harmonia, ritmo. Espero ver todos lá! Afinal de contas, são poucos os eventos que deixam você expressar-se como este da SPPV!

Abraços ;*

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Nova tranca

Me embriaguei com textos antigos
embriaguei com os meus sentidos, extintos agora
depois que a porta do meu quarto se quebrou.
Findou a inspiração de ver o mundo acordar diferente,
caminhar com pernas de pau sobre as ruas,
as esquinas a espera de alguém,
como os amores que eu tive, altos, magros, cabeludos, amores guardados no baú.
Acabou de contar as tristes histórias de amor.
Agora quero uma nova tranca pra mim.


Bia Magalhães.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Aos meus amores

Tens a intensão de magoar?
Tens a intensão de entorpecer?

Ontem no ônibus quando se foi, sentei-me em teu lugar e senti o calor. O calor que foi meu por um momento mas nunca me pertenceu. Veio a tona as pernas, os lábios macios e carnudos, o gosto do beijo, o desejo de ter bem fundo. Os clamores e clemências, as linguás repartido a saliva. Como era doce a tua carne... veio a tona o calor que eu perdi, a infiltração intensa dos sentidos, o amor que nunca me pertenceu.
Agora segue o destino. Lá se vão os dias em que vagam com as impromessas de amor marcadas no peito. Já sabia que iria ser, sempre assim. Procuras amor em cabelos longos, negros, enquanto me deleito em decepções estritamente aceitas pela dignidade que me resta. Enquanto tens o calor, tenho em mim o frio do quarto, vazio. Culpa, ninguém tem de querer ter o que nunca vai se ter, mesmo que tenha sentido o gosto, sabor. Só queria eternizar ou apenas não apagar as lembranças daquele velho carnaval, na cama trêmula, daquela velha festa ao som do reggae, com fim intenso.

E aos meus amores, fica guardada a lembrança, aquele sossego, como um sonho bom.

(Bia Magalhães)