domingo, 27 de dezembro de 2009

Raiva muda

Seca, sólida, suma
raiva úmida
surda muda
comuna
entre muros
paredes, portas
redes
Olhares em órbita
virando segundos
em tensões
e mundos
imundos,
invasões gigantes
do privar, para esquecer
sua vida contida
no seu cubo
sua casa, sua tv
mas não vê
a infeliz infelicidade
parada ao lado
para dar respaldo
e infiltrar, contemplar
sua muda confusa
vontade de querer gritar
e ar, no ar, e a.

bia magalhães

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Xii!

Não nasci pra perder meu tempo com besteiras e brincadeiras estúpidas, gestos imundos que só você sabe fazer. Pula como uma “louca”. Parece que quer escapar de alguém ou até mesmo de você.

Só não se perca ao entrar no meu infinito particular.

Preencher esses espaços vazios, em brancos é uma luta incessante, constante e cansativa. Parece que nada nos preenche, que falta algo. Falta sermos livres. Somos aflitos. Somos o atrito. Precisamos nos possuir para achar que somos donos de algo. Queremos o outro, como diz Caê: quero correr mundo, quero ir-me embora, quero dar o fora e quero que você venha comigo, todo dia.

Tédio